Resumo das Obras Literárias UFPR 2024: #2 MORTE E VIDA SEVERINA

O resumo mais completo de Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto) que você pode encontrar para acertar as questões do vestibular da UFPR 2024;

Sumário:

  • Como estudar literatura para o vestibular da UFPR 2024;
  • Resumo de Morte e Vida Severina;
  • Período literário
  • Análise de Morte e Vida Severina;
  • Questão de Morte e Vida Severina do vestibular da UFPR 2024;

Como estudar literatura para o vestibular da UFPR 2024;

Como eu já disse no resumo de Casa de Pensão (se não leu clique aqui “RESUMO DE CASA DE PENSÃO”), o passo ideal para acertar as questões de literatura na UFPR é ler as obras!

Para Morte e Vida Severina, entretanto, pode haver uma exceção caso você tenha dificuldade em compreender poesia.

Porém, algo continua o mesmo:

FUJA DOS RESUMOS DE 15 LINHAS! VOCÊ QUER PASSAR NO VESTIBULAR, NÃO FAZER UMA APRESENTAÇÃO DE SLIDES DO ENSINO MÉDIO!

É só isso por agora, obrigado!

Resumo de Morte e Vida Severina (João Cabral de Melo Neto)

Para começar, o livro é em formato de poesia. Versos e estrofes rimados. Vale destacar as rimas, porque poderiam ser versos brancos (que não rimam).

Certo, o livro começa com a apresentação de Severino. Ele é um retirante, ou seja, uma pessoa que decidiu migrar do sertão do Nordeste para tentar uma vida melhor no Recife.

Para chegar à capital, Severino Retirante segue o curso do rio Capibaribe, que está totalmente seco, por conta do clima árido.

Ainda nesta primeira parte, o retirante encontra dois homens carregando o corpo de um morto, ele se oferece para ajudar. Descobre que o homem também se chamava Severino e foi assassinado por um fazendeiro que queria a pequena porção de terra que lhe pertencia.

Seguindo o Capibaribe, Severino escuta uma cantoria. A princípio imaginou ser alguma festa, mas, na verdade, era um velório. Com medo de não conseguir encontrar Recife pela sequidão do rio, o protagonista tenta se instalar no vilarejo onde ocorria o velório.

Ele tenta pedir emprego a uma mulher, que parece ter uma vida minimamente melhor que os demais, porém nenhum trabalho que ele oferece tem utilidade. Severino é um lavrador, um cultivador da vida, mas naquela vila só há trabalho para médicos, rezadores e coveiros. Tudo útil para morte.

Severino continua sua jornada, mesmo temendo perder o caminho. Até que ele chega a Zona da Mata, um lugar onde a terra é mais macia e o Capibaribe começa a parecer um rio de verdade. Chega em Recife, a capital.

O retirante pensa que pode até ser possível ter uma vida melhor ali, mas escuta dois coveiros dizendo que ali eles tinham que enterrar migrantes do sertão todo dia. Chegam a dizer preferirem que os retirantes se jogassem ao rio, para não terem que enterrar tantos deles diariamente.

Abalado, Severino vai até a Ponte da Vida e pensa em cometer suicídio. Entretanto, um homem chega para conversar com ele, seu José Mestre Carpina. Severino pergunta qual o sentido de viver para ele, mas antes que pudesse ser respondido uma mulher grita chamando seu José, anunciando que o filho do homem havia nascido.

Algumas pessoas vão levar presentes simples ao menino, como um pedaço de jornal para ser aquecido. Os pais do bebê também recebem a visita de duas ciganas, eles veem que o futuro do menino será coberto de graxa e ele trabalharia em uma fábrica, algo que não é extravagante, mas representava uma perspectiva melhor que a vida sertaneja.

Por fim, seu José Mestre Carpina encerra o livro dizendo que a vida pode não ser fácil, mas não vale a pena deixá-la, pois mesmo sendo assim, “severina” (sofrida), ainda é um espetáculo digno de trazer esperança.

Fato importante: a obra é um “auto”, ou seja, tem conotação religiosa. “Um auto de natal pernambucano”, é subtítulo da obra. Ela faz grande referência à chegada da esperança da narrativa bíblica com o nascimento de Cristo, trazendo para o cenário do nordeste brasileiro.

Período literário Morte e Vida Severina

Morte e Vida Severina é uma obra que pertence a terceira geração do Modernismo (cerca de 1950). Esta estética é caracterizada pela crítica a problemas sociais.

Também pode-se destacar o regionalismo. Regionalismo é utilizar elementos da cultura local para representar um problema maior. Desigualdade e Miséria, na obra deste artigo, por exemplo.

Uma forma interessante de pensar sobre o regionalismo: A pizza é algo que todos os países conhecem, mas cada um utiliza seus costumes e sua cultura para modificá-la a seu gosto.

A pizza é o problema social e os ingredientes, que variam de país a país, são regionalismo.

Trechos que mais caem de Morte e Vida Severina

Primeiramente, o trecho que mostra que Severino é apenas mais um sertanejo, entre centenas. Tanto que “Severino” torna-se um adjetivo sinônimo de “sofrido”.

— O meu nome é Severino,

não tenho outro de pia.

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria;

como há muitos Severinos

com mães chamadas Maria,

fiquei sendo o da Maria;

Também, o trecho que demonstra a vida difícil no sertão:

E se somos Severinos

iguais em tudo na vida,

morremos de morte igual,

mesma morte severina:

que é a morte de que se morre

de velhice antes dos trinta,

de emboscada antes dos vinte,

de fome um pouco por dia

Quando Severino chega na Zona da Mata e acha que conseguirá uma vida melhor

Por onde andará a gente que tantas canas cultiva? 

Feriando: que nesta terra tão fácil, tão doce e rica, 

não é preciso trabalhar todas as horas do dia, 

os dias todos do mês, os meses todos da vida

Quando assista a um enterro, de um homem também chamado Severino, descobre que a vida também é difícil em Recife e que poucos tem acesso a alguma terra além do próprio túmulo.

É de bom tamanho, nem largo nem fundo, 

é a parte que te cabe deste latifúndio. 

Não é cova grande, é cova medida, 

é a terra que querias ver dividida.

Fala de Seu José, mestre carpina sobre a vida, que virou música de Chico Buarque:

E não há melhor resposta que o espetáculo da vida:

 vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida,

 ver a fábrica que ela mesma, 

teimosamente, se fabrica, 

vê-la brotar como há pouco 

em nova vida explodida;

Questão de Morte e Vida Severina vestibular da UFPR

Dica: Vá direto para o comando da questão, lá está o que te interessa!

Espero que tenha pelo menos tentado entender, mas vamos corrigir. O gabarito é a letra C. Como fica claro na obra, pobreza no nordeste é causada por uma estrutura social desigual, não importa o lugar, ela estará lá.

A está errada, em nenhum momento a percepção de Severino é “ignorante”, ele tem consciência da dificuldade da vida sertaneja.

B está errada, porque João Cabral não usa a religião como fator de atraso, muito pelo contrário, a coloca como fonte de esperança.

D está errada, pois, a critica que se faz na obra é a vida ser difícil em todos os lugares, assim como o desenvolvimento. Não há apologia de permanência ou migração aos retirantes.

E está errada porque Severino não se suicida, mas desiste após presenciar o nascimento de seu José, Mestre Carpina.

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