Resumo das Obras Literárias UFPR 2024: #3 Nove Noites

O resumo que vai te fazer acertar qualquer questão do vestibular da UFPR 2024 relacionada a obra “Nove Noites” de Bernardo de Carvalho.

Sumário:

  • Como estudar literatura para o vestibular da UFPR 2024;
  • Quais são as obras do vestibular da UFPR 2024;
  • Resumo de Nove Noites;
  • Período literário de Nove Noites;
  • O que a UFPR gosta de cobrar sobre Nove Noites;
  • Questão de Nove Noites.

Como estudar literatura para o vestibular da UFPR 2024

Como já disse nos artigos anteriores, de Casa de Pensão e Morte e Vida Severina, não caia na ideia dos resumos de 15 linhas, principalmente se não for ler as obras (embora eu recomende, caso ainda tenha tempo).

Sim! Teremos um gif de “The Office” para expressar minha indignação pelo seu pensamento de procurar resumos que só fingem que te ensinam e você só finge que aprende!

Só observo suas intenções.

Resumo de Nove Noites para o vestibular da UFPR 2024

“Nove Noites” de Bernardo de Carvalho

A história de Nove Noites fica centrada no suicídio de um antropólogo americano, Buell Quain, que veio estudar os indígenas brasileiros do interior do Maranhão.

Os narradores são Manoel Perna e um jornalista, que viu o nome de Buell Quain em uma matéria que mencionava a morte de um antropólogo que estudava povos indígenas brasileiros, no qual uma pequena menção ao caso de Quain foi feita.

Buell Quain era um antropólogo, experiente, que chegou à cidade de Carolina (Maranhão) para viver com a tribo dos Krahô, mas é encontrado morto todo cortado e enforcado em uma árvore. Isso ocorreu em 1939, mas Nove Noites não tem ordem cronológica definida, então este resumo pode parecer um pouco bagunçado.

Vou dividir o que aconteceu por narrador, acredito que seja mais fácil:

Manoel Perna:

Manoel Perna era amigo de Buell Quain, que ouviu sobre algumas das aventuras do antropólogo.

De acordo com Manoel, Buell Quain havia passado algum tempo no Brasil, antes do Maranhão, para o Carnaval e resolveu conhecer os índios Trumai, no Rio de Janeiro, e ele odiou.

Os Trumai eram uma tribo bem reduzida e temiam das comunidades vizinhas, viviam se escondendo e não tinham nenhum constrangimento em contato físico. O antropólogo pensou em sair de lá, mas a viagem era de 38 dias e muito perigosa, ele apenas conseguiu sair quando o governo brasileiro (na época Estado Novo) o retirou de lá.

Quain também contou que passou algum tempo com nativos das ilhas do pacífico e elogiou muito o comportamento destes.

Depois de algum tempo, Quain deicidiu voltar ao Brasil para estudar os indígenas do Maranhão. Porém, alguns dias depois de sua partida para a tribo Krahô, depois de se despedir de Manoel, é encontrado morto, deixando algumas cartas para o amigo entregar.

Uma para livrar os indígenas de qualquer acusação, outra para sua supervisora no Brasil (Dona Heloísa), uma para Manoel Perna (pedindo que entregasse o restante), algumas para a família e, por fim, a uma endereçada a “Você”.

Manoel Perna, em suas narrações, sempre diz algo como “Isto é para quando você chegar”, mas nunca sabemos quem é o tal “você”.

Para finalizar, o que Manoel conta não é confiável, pois há muitas contradições e ele resolve escrever seus relatos após um tempo, ou seja, nada é certo.

Jornalista narrador:

Muita coisa indica que Bernardo de Carvalho é o jornalista, mas (como tudo neste livro) não se pode saber ao certo.

Bernardo de Carvalho, autor de “Nove Noites”

Basicamente, precisamos começar pelo final do livro.

O jornalista tinha um pai doente e o acompanhava no hospital, foi quando um outro paciente começou a chamá-lo por um nome diferente, a confundi-lo com outra pessoa.

Depois de alguns anos, o jornalista lê o nome “Buell Quain” no jornal e reconhece como sendo o nome que o paciente desconhecido o chamava. Assim, começa a investigar a morte do antropólogo.

No fim ele consegue descobrir que o “você” é um fotógrafo que conhecia Buell Quain, e este o fotógrafo era o paciente que o havia confundido, quando acompanhava seu pai no tratamento.

O jornalista conversa com o cuidador do paciente, pois o fotógrafo já havia falecido, e acredita que o filho dele, poderia ser, na verdade, filho de Quain.

O narrador vai até os Estados Unidos, onde o suposto filho de Quain vive, mas não acha evidência alguma sobre sua teoria e não consegue entender mais nada sobre o antropólogo, que se suicidou entre os índios Krahô.

Enfim, depois de entrevistar muitas pessoas, viver três dias com índios em uma aldeia e viajar para os Estados Unidos em meio ao caos terrorista de 2001/2002, não consegue concluir nada.

Como eu disse: Nove Noites é um livro confuso e precisei ver algumas análises de professores diferentes para ter uma boa ideia. Recomendo que leiam a obra, nem que seja alguns capítulos, apenas para ter uma noção de como ela funciona.

Período literário de Nove e Noites

Nove Noites pertence ao pós-modernismo, à geração dos anos 90/2000. A obra mais próxima dos dias atuais, publicada em 2002.

Um ponto importante é o contraste com a idealização da vida indígena (nada de “índia Iracema dos lábios de mel”). Crítica a períodos como o Estado Novo de Getúlio Vargas, Ditadura Militar e a Guerra ao terror dos anos 2001, nos EUA.

O que a UFPR gosta de cobrar sobre Nove Noites

Podemos saber o que pode cair observando o que já caiu sobre esta obra.

Desromantização Indígena: Em nenhum momento do livro os índios brasileiros são idealizados, muito pelo contrário, para quem lê a descrição soa até ofensiva.

Romance que mistura realidade e ficção: Nove Noites não é um fato, mas possui alguns fatos. Fotografias reais, pessoas e momentos históricos que realmente existiram. Houve um antropólogo chamado Buell Quain que se suicidou entre os Krahô, mas toda a história foi criada por Bernardo de Carvalho.

Narração polifônica: Não há apenas um narrador, existem diversas vozes que contam a história de Buell Quain. Destacam-se Manoel Perna e o jornalista que investiga a morte do antropólogo.

Final aberto: No final nada é descoberto, o jornalista não tira nenhuma conclusão sobre o suicídio de Buell Quain. Tudo foi em vão. Os relatos não servem para absolutamente nada e entram em contradição milhares de vezes.

Sentimento de familiaridade: O jornalista narrador se identifica com Buell Quain em alguns pontos, como o sentimento de se sentir constrangido em meio aos índios e ter um pai ganancioso.

Questões de Nove Noites no vestibular da UFPR

Não é a primeira vez que esta obra literária cai na prova da maior do Sul, então vamos resolver uma.

Questão 40 – Vestibular da UFPR 2021/22

Gabarito – E

A está errada, porque o fragmento faz parte da narração do jornalista. Ele passou alguns dias em uma aldeia para investigar a morte de Quain e quando foi embora sentiu como se os estivesse abandonando. Quain nunca mencionou este sentimento.

B está errada, pois em Nove Noites não há uma visão positiva do relaciomento entre diferentes culturas, na verdade sempre há a questão do “choque cultural”.

C está errada, pois Manoel Perna não narra nenhum convívio em uma aldeia.

D está errada, porque não existe obsessão nenhuma no trecho em específico.

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